segunda-feira, 28 de fevereiro de 2011

Olimpíadas da Floresta



No âmbito do Prosepe - Projecto de Sensibilização e Educação Florestal da População Escolar vão realizar-se as Olímpiadas da Floresta no próximo dia 4 de Março de 2011.

quarta-feira, 16 de fevereiro de 2011

Visita ao Centro Ciência Viva da Floresta - Proença-a-Nova

Os alunos inscritos no Clube da Natureza e do Património da Escola Básica de Campia participaram numa visita de estudo ao Centro Ciência Viva da Floresta, em Proença-a-Nova, no passado dia 9 de Fevereiro, no âmbito da comemoração do ano internacional das florestas. Situado na Zona do Pinhal Interior Sul, pertencente ao distrito de Castelo Branco, o tema do Centro não poderia ser outro senão o da "Floresta" dada a densidade florestal deste concelho, 63%, correspondente a uma área de 249,0894 km2. O Centro contempla um programa de experiências interactivas, contando com o apoio de uma mediateca, de um auditório, de um laboratório, de uma "experimenteca" e de espaços expositivos quer no interior quer no exterior. Em complemento, e como suporte funcional, dispõe ainda do "bar da floresta" e de uma loja. Partindo da premissa que "sem ciência não há cultura", o Centro Ciência Viva oferece aos cidadãos estímulos e recursos para incorporarem a ciência na sua cultura e assim capacitá-los para compreenderem o mundo em que vivemos. Assim, dentro deste espírito, os alunos participaram em diversas actividades que lhes permitiram alargar os seus conhecimentos sobre a importância da floresta e da sua preservação. Participaram ainda em duas actividades relacionadas com produtos oriundos da natureza em geral e da floresta em particular: A Cozinha é um Laboratório - Bolo na Caneca onde foram desafiados a perceber porque crescem os bolos e qual a função dos ovos e dos restantes ingredientes no bolo. Os alunos tiveram oportunidade de fazer um bolo, degustá-lo e perceber qual a função dos ingredientes. Na actividade Aromas da Floresta - Sabonetes, os alunos perceberam que a Floresta não é feita só de madeira, mas também de aromas e que algumas essências como o pinho, o alecrim, a alfazema são produtos da floresta. Nesta actividade os alunos fizeram sabonetes de glicerina - tendo-os trazido para casa - e aromatizam-nos com essências da floresta.

quarta-feira, 2 de fevereiro de 2011

As Zonas Húmidas

Comemora-se hoje, dia 2 de Fevereiro, data que coincide com aquela em que foi assinada a Convenção de Ramsar, no Irão, em 1971, o dia mundial das zonas húmidas. Esta Convenção entrou em vigor em 1975, com o objectivo de defender as zonas húmidas do mundo inteiro sendo o seu resultado mais significativo a assinatura de um Tratado, pelos países participantes, com o objectivo de promover a cooperação internacional, para a conservação e utilização racional dos habitats aquáticos. Deste Tratado resultou também a criação de uma lista de zonas húmidas de importância internacional. Essa lista está composta, actualmente por 1578 sítios classificados a nível mundial com uma superfície equivalente de mais de 108 milhões de hectares
Em Portugal, foram reconhecidas 12 zonas húmidas, que correspondem a mais de 66 mil hectares de território nacional e que fazem parte da referida lista: Estuário do Tejo, Ria Formosa (Algarve), Paul de Arzila, Madriz e Taipal (Coimbra), Paul do Boquilogo (Santarém), Lagoa de Albufeira, Estuário do Sado, Ria de Alvor, Lagoa de Santo André, Lagoa da Sancha (Litoral Alentejano), Sapais de Castro Marim (Algarve) e Paúl da Tornada (Leiria). Estes sítios foram seleccionados, por um sistema de classificação, relacionado com a importância internacional que possuem, de acordo com quatro critérios:

  • Representatividade e unicidade do ecossistema;
  • Valores da fauna e flora;
  • Importância na Conservação de aves aquáticas;
  • Importância na Conservação de peixes.

De acordo com o texto ratificado na Convenção de Ramsar, as zonas húmidas são definidas como "zonas de pântano, charco, turfeira ou água, natural ou artificial, permanente ou temporária, com água estagnada ou corrente, doce, salobra ou salgada, incluindo águas marinhas cuja profundidade na maré baixa não exceda os seis metros". As zonas húmidas são dos ecossistemas mais ricos e produtivos do mundo, em termos de diversidade biológica, possuindo grandes concentrações de aves aquáticas, mamíferos, répteis, anfíbios, peixes e invertebrados. Estes espaços têm associados muitos valores e funções, tais como o controlo de inundações (retendo o excesso de água), reposição de águas subterrâneas, regulação do ciclo da água, produção de biomassa, retenção dos sedimentos e nutrientes, mitigação das alterações climáticas (através da captura de dióxido de carbono da atmosfera e a libertação de oxigénio, com a fotossíntese) e valores culturais, turísticos e recreativos.
Além de todos os benefícios expostos, as zonas húmidas são também essenciais na minimização dos problemas ambientais mais significativos, com que nos deparamos hoje em dia: o efeito-estufa e os possíveis efeitos das alterações climáticas e a disponibilidade de água doce. No entanto, as zonas húmidas são ecossistemas sensíveis e encontram-se gravemente ameaçados, a nível mundial, pela poluição, urbanização e industrialização, intensificação da agricultura, pesca e piscicultura, caça ilegal, abandono e transformação de salinas e turismo insustentável. Em Portugal, estas zonas encontram-se também em risco, pois o nosso país não cumpriu as obrigações, assumidas aquando da assinatura da Convenção, em 1980, relacionadas com a preservação destes ecossistemas. Estas obrigações, envolviam, entre outras medidas, elaborar planos de ordenamento e de gestão para as zonas húmidas, com vista à sua utilização sustentável. De acordo com a Quercus, 10 das 12 zonas húmidas integradas na Convenção não possuem plano de ordenamento. As excepções são, a Ria Formosa e o Paul de Arzila. Perante as ameaças que as zonas húmidas enfrentam, torna-se urgente e prioritária a adopção de medidas concretas, tais como: Divulgação e sensibilização acerca dos benefícios de preservação destas zonas, cumprimento da legislação sobre esta matéria, desenvolvimento de planos de ordenamento, de gestão e de medidas de recuperação das mesmas, com vista à conservação destes ecossistemas que têm uma importância vital para a humanidade.